Minha jornada profissional e a migração de país.

Morar no exterior era um sonho compartilhado com o meu marido desde antes de nos casarmos. No entanto, como não era algo certo, trabalhávamos com duas possibilidades, a de construir uma carreira sólida no Brasil, e a de mudarmos de país através de uma oportunidade de trabalho para ele, que trabalha na área de TI.

Como vocês sabem, sou formada em Psicologia, mas trabalhei a maior parte da minha vida profissional, no mundo corporativo. Já assumi cargo de liderança e quando tivemos a oportunidade da mudança para a Espanha, estava trabalhando concursada no Banco do Brasil e na clínica como psicoterapeuta. Ou seja, tinha o meu próprio salário e não precisava prestar contas de todos os meus gastos. Afinal de contas, tem aquelas comprinhas que são necessidades básicas para as mulheres e que, muitas vezes, os homens não entendem, não é mesmo?

Eis que um dia, depois de muitas entrevistas, depois de muitos nãos, a oportunidade de viver no exterior aconteceu! Meu marido foi aprovado para uma vaga na Espanha!

Conversamos, planejamos, pesamos os prós e os contras e decidimos mudar. Eu já sabia que não conseguiria trabalhar por um período, até mesmo para arrumar a casa e cuidar das nossas filhas, uma vez que não teríamos quem nos ajudasse no novo país. Eu sabia, também, que talvez tivesse que trabalhar em outra área ou até mesmo começar pelos cargos mais baixos do que eu estava trabalhando, já que começaria tudo de novo. Estava tudo lindo e maravilhoso, mas…

Na prática, as coisas são bem diferentes

Apesar de ter tudo em mente, depois de um tempo sendo somente dona de casa e mãe, o que já é bem trabalhoso, o fato de não estar “produzindo” e de não gerar renda, começou a me incomodar. Eu adoro trabalhar e ganhar o meu próprio dinheiro!

Como eu sabia que teria o entrave do idioma para conseguir uma colocação profissional, me organizei para poder trabalhar de forma online. Depois de alguns meses no novo país, com tudo mais ou menos em ordem, comecei a investir e a trabalhar de forma online com desenvolvimento de líderes brasileiros.

No entanto, como todo recomeço, exige tempo, dedicação, energia, persistência e investimento no próprio desenvolvimento, com pouco retorno financeiro.

Eu gostava bastante dos atendimentos, mas algo me chamava para o atendimento psicológico, e comecei a me questionar que caminho seguir. Aliado a isso, em meio à pandemia, depois de quase dois anos morando na Espanha, uma nova oportunidade surgiu para morarmos na Bélgica, e aqui estamos desde outubro de 2020.

Recomeçar, recomeçar, recomeçar

Mais uma vez, uma mudança de país, um recomeço. Desta vez um pouco menos complexa por estar no mesmo continente e por não termos raízes na Espanha.

Foi durante a mudança para a Bélgica que decidi mudar o rumo dos meus atendimentos. Apesar de já estar atendendo alguns casos de terapia novamente, foi na época da mudança para a Bélgica que escolhi investir mais na terapia e nos atendimentos voltados às mulheres que moram no exterior.

Como esse já era o plano antes da mudança, quando estava no Brasil ainda, fiz um curso sobre Psicologia Intercultural e não parei de estudar desde então sobre o tema. O grande problema para mim, é que como eu estava vivendo muito intensamente todos os desafios de morar em um outro país, primeiro precisava cuidar de mim, para depois ajudar outras pessoas que tinham experiências parecidas com a minha.

Como está minha profissão hoje?

Atualmente já estou preparada e todos os meus esforços estão voltados a ajudar brasileiras que moram nesse mundão a fora.

Além de viver na pele todos os “perrengues” de ser uma imigrante, vejo como é importante trabalharmos nosso psicológico e emocional para estarmos bem com a gente mesma. Quando morarmos em outro lugar, muitas vezes, nos sentimos desconectadas de nós mesmas e não pertencentes a lugar nenhum. Nos meus atendimentos, ajudo as mulheres a se redescobrirem e a se reconectarem novamente para se sentirem em casa em qualquer lugar e serem cidadãs do mundo.

Para isso, estudo muito sobre Psicologia Intercultural, sobre a abordagem Centrada na Pessoa, faço cursos, participo de grupos de profissionais interculturais, faço terapia e supervisão. Desta forma, consigo entregar o melhor para você, mulher intercultural!

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Olá mulher intercultural, seja bem-vinda!

Sou a Laise Kasaoka,

Psicóloga Intercultural.

Aqui você encontrará conteúdos pensados com carinho, baseados em estudos científicos, nas minhas experiências e de outras mulheres que também moram no exterior para te ajudar nessa caminhada mundo a fora!

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